De 14 Bis à Porto Velho: Primeiro treinador na era amadora afirma que ver time na final: "É um motivo de orgulho"
Denilson Melo foi o acionado por Jeanderson Maranhão quando a equipe iniciou o projeto ainda com o nome antigo

Por Ge
Publicado 02/12/2020
Atualizado 02/12/2020
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Sonhar com um time profissional é algo que norteia a mente de muitos brasileiros. A ideia de ser cartola ou controlar um time de coração parte desde a escolha de uma equipe nas tradicionais peladas até o virtual, numa carreira em jogos como FIFA ou PES. Equipe na final do Campeonato Rondoniense, o Porto Velho nasceu de um time amador em 2014. A equipe era formada em grande parte, por militares da Base Aérea.

Antes do profissional, o acionado para iniciar a ousada trajetória foi o treinador Denilson de Melo. Ele conta como era a equipe à época.

Conseguimos títulos como 14 Bis e conseguimos representar bem. Tudo começou em 2014, quando o Jeanderson Maranhão, presidente do Porto Velho me chamou para ser o treinador. Eu aceitei de coração. Quando comecei a trabalhar com 14 Bis, a gente tentou ali e fez o máximo para ser um time organizado e disciplinado — disse Denilson.

O time foi fundado em 28 de setembro de 2014 como 14 Bis. Além dos militares, ficou conhecido por acolher também jogadores profissionais do estado. A equipe foi criada com nome em homenagem ao Pai da Aviação, Santos Dumont.

O 14 Bis conseguiu títulos e bom desempenho na era amadora. Foi campeão da Copa Porto Velho de Futebol Society 2015 e 2016, chegou às quartas de final do Campeonato Brasileiro de Fut7, em Anápolis, no ano de 2015, esteve em finais do Campeonato Municipal e duas semifinais em copas de várzea. E, principalmente, o time amador, servia de laboratório para teste de equipes profissionais antes dos respectivos estaduais. Daí o projeto ganhou corpo. Em 2018, o time foi acionado para cinco amistosos contra equipes que disputariam o estadual. Desde lá, o time demonstrava diferencial.

- A gente tinha esse comprometimento. Ali foi onde começou: O sonho do Maranhão. Desde o começo desde aquela dessa época aí ele já comentar comigo e falava que se Deus quiser um dia ele ia profissionalizar e disputar um Campeonato Rondoniense. Isso até em respeito à torcida. E sim, torcida que acompanhava para os jogos – confidencia ele.

O profissional

A era profissional iniciou em 23 de abril de 2018 já com o nome de Porto Velho Esporte Clube. No ano de estreia, o time chegou às semifinais do Campeonato Rondoniense 2019 e terminou a competição em quarto lugar na tabela de classificação geral. Antes, foi campeão estadual feminino e se classificou para o Brasileiro A2 da categoria, onde enfrentou o Palmeiras, no mata-mata. Denilson, comenta como é ver a equipe tomando os passos que está seguindo.

- Falar do Porto Velho Esporte clube para mim é um motivo de orgulho, satisfação. E, principalmente, hoje ver aonde o clube chegou né. Tá aí já para disputar uma final do Rondoniense. Graças a Deus esse sonho se tornou realidade. E a equipe tá bem profissional e com qualidade. Levando e conduzindo time aí. E se Deus quiser nós vamos sair campeão desse dessa final e levar a taça – disse ele.

Outrora, 14 Bis e hoje Porto Velho, resta em 2020, a missão de enfrentar o Real Ariquemes em duelo decisivo, pela final do Campeonato Rondoniense, sábado, às 17h (de Brasília), no Valerião. Questionado sobre o que ele diria ao técnico Tiago Batizoco em um momento assim, Denilson afirmou que a hora agora é de jogar cada minuto.

- É entrar com os pés no chão. Mesmo tendo a vantagem, não é hora de pensar nisso. Tem de ter atenção a todo instante e, principalmente, aproveitar as oportunidades para sair com o resultado positivo - finalizou.

O Porto Velho vai ao jogo de volta com a vantagem de um gol. Caso o duelo do próximo sábado, 5, fique no 0 a 0, o time da capital fica com o título. Se o Real Ariquemes fizer 1 gol, o campeão será definido nos pênaltis. Se o Real Ariquemes fizer mais de um gol, o time de Ariquemes conquista o título.

Fonte: Ge