Rondônia encerra agosto entre os quatro estados com mais focos de queimadas em todo o país
Dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Porto Velho foi a terceira cidade do país com o maior número de focos de fogo em todo o mês.

Por G1 RO
Publicado 02/09/2021
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Mais de 4,3 mil focos de queimadas foram registrados em Rondônia no mês de agosto de 2021, segundo dados coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) através do satélite de referência.

O número é o segundo maior para o período da última década, abaixo apenas de agosto de 2019 quando foram captados mais de 5,5 mil focos de calor. Também está acima da média registrada nos últimos 23 anos, que é de 4.198.

Em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 3.087 pontos de queimadas, o crescimento foi de 39,9%.

Em agosto, o estado ainda ficou entre os quatro com o maior registro de queimadas, atrás apenas do Amazonas, Pará e Mato Grosso. Rondônia foi sozinho o responsável por 8,4% das queimadas de todo o país.

  1. Amazonas - 8.588
  2. Pará - 7.853
  3. Mato Grosso - 6.617
  4. Rondônia - 4.319
  5. Maranhão - 3.322

Alagoas (2), Roraima (19) e Amapá (19) foram os que menos tiveram focos de fogo captados em agosto.

Municípios

Capital e maior município em extensão territorial de Rondônia, Porto Velho teve mais de 1,8 mil focos de calor durante o mês, seguido de Candeias do Jamari (736) e Cujubim (551).

A cidade encerrou o mês como a terceira em todo o país com o maior número de queimadas e a única do estado entre as dez que mais registraram focos de fogo.

 

Unidades de conservação

Durante o mês, as chamas não atingiram apenas as áreas urbanas e rurais dos municípios de Rondônia. Mais de 970 focos foram captados também em áreas de preservação estadual, federal e terras indígenas.

A Reserva Extrativista Jaci-Paraná foi a mais afetada, com quase 350 queimadas em um único mês. O Parque Estadual de Guajará-Mirim fica em segundo lugar no ranking, com 192 registros de fogo em 31 dias.

Das unidades federais, a Floresta Nacional do Bom Futuro se destacou com 57 focos, e das terras indígenas a Karipuna foi a mais afetada, também com 57 focos em um mês.

  • Unidades de conservação estaduais - 665 focos
  • Unidades de conservação federais - 126 focos
  • Terras indígenas - 183 focos

Fonte: G1 RO